13/07/2011

Robôs e Arbitragem

Caros amigos e leitores freqüentes do Blog do nosso amigo e colega Bruno Kauffman Schuler.
Eu, Gustavo Chaib Ferreira Jorge,agente autônomo de investimentos em Campinas/SP venho hoje, abordar dois assuntos coligados que estão em constante crescimento no nosso mercado, Robôs e Arbitragem.

Como todos sabem grandes hedge-funds ou mais conhecido como multimercados, são famosos pela utilização de robôs com algoritmos programados pelos seus gestores.  Estes algoritmos têm por objetivo identificar oportunidades nos mercados de ações, opções, futuros, dólar entre outros de maneira simples e clara para que o robô execute sempre que  aquele papel ou estrutura estiver operando pelos níveis de entrada ou de saída que foi programado. Mas por que se utilizar uma maquina se nós mesmos podemos executar uma ordem de compra ou de venda de uma ação pelo mega-bolsa ou pela ferramenta Home Broker? A resposta se resume em apenas uma palavra: AGILIDADE. Enquanto nós seres humanos conseguimos colocar uma ordem em alguns segundos, o robô, já programado, executa centenas de ordem no mesmo período de tempo em que conseguimos executar nossa mísera ordem, porém, existe um agravante na prestação de serviços dos robôs para os clientes pessoas físicas ou fundos de investimentos, que é o link entre a corretora e a bolsa. Este agravante trás ainda mais resultado positivo para as casas que possuem seus links diretamente na bolsa, pois a velocidade em que a ordem sai da corretora e chega na bolsa, faz com que a oferta do papel se posicione na frente de outros robôs no book de ofertas e deixe a briga ainda mais acirrada. Eu mesmo já operei através de duas corretoras, as quais tinham velocidades de link diferentes, fazendo com que meus clientes que tinham suas contas na corretora com mais velocidade, tivessem um resultado ao final do mês absolutamente melhor que os outros da outra corretora mais lenta, ou seja, uma fração de centésimo de segundo, faz uma enorme diferença no final do mês.

Mas, vamos falar agora um pouco de arbitragens, que ainda é o que vejo de mais valioso no mercado para quem busca retornos acima do CDI. O que tenho visto nos relatórios em que tenho acesso, é que mesmo com os mercados de renda variável em desenvolvimento, o crescimento do seu fluxo financeiro, não chega nem perto ao crescimento do fluxo financeiro destinado a renda fixa e multimercado, e isto é fácil de se exemplificar, é só pegar a Istoé Dinheiro e ver nas últimas páginas o ranking de rentabilidade dos fundos e comparar os seus Patrimônios. Partindo desse principio, e com alguns contatos no mercado da indústria de fundos, comecei a entender, que muitos gestores utilizam a bolsa apenas como forma de turbinar seus retornos em fundos multimercados cujo o benchmark é o cdi por muitas vezes, e que todo esse volume financeiro que vemos as  vezes não passam de pura especulação no final do dia e não existindo  um comprador na ponta final do mercado, ou mais precisamente um investidor Alá Warren Buffet, com a filosofia buy, buy, buy. Isto podemos observar através da posição das corretoras ao final do dia o net delas, se estão compradas ou vendidas, e a partir daí começar a entender todo o giro financeiro da Bovespa.Portanto, podemos ver muitas vezes durante o dia grandes bancos e corretoras montando suas arbitragens(on x pn, controlada x controladora, intrasetorial,intersetorial e outros pares com seus robôs) afim de comprar taxas descontadas em relação as médias de seus padrões e revertendo a posição com lucro mesmo que igual ou inferior a 1%  logo que elas convergem novamente pra média e seu resultado no período supera o CDI em 110%, 120% ou até mais. Após essa observação, parei e comecei a raciocinar novas estratégias para oferecer aos clientes buscando cada vez mais seguir o fluxo financeiro no mundo, começando pela renda-fixa e depois buscando a renda variável e observei muitas arbitragens com o retorno financeiro baixo a curto prazo, mas que no longo prazo, trazem bons retornos para as carteiras, porém tais arbitragens necessitando da utilização do robô para ser viável devido a sua agilidade. Há muito tempo, o mercado trabalha com posições muito praticadas por todos os investidores institucionais como petr3 x petr4, vale3 x vale5, amb3 x ambv4 que não costumam apresentar retorno bruto superior a 2% e com prazos de encerramento indefinidos. Logo ao olho do investidor pessoa física essa operação que necessita de um volume razoável e enormes descontos de corretagens para se tornar viável, muitas vezes é deixada de lado e praticada apenas pelos grandes fundos, mas eu gostaria de deixar um pensamento aos leitores que aqui estão presentes, dizendo que busquem informações sobre esses tópicos pois são algoritmos já taxados pelo mercado e sem muito segredo, arbitragens que ainda podem nos dar bastante dinheiro, e que mesmo sendo ultra conservadora para o ambiente de bolsa de valores, ainda podem ser utilizadas nas carteiras para trazerem retornos financeiros excelentes a longo prazo.

E pessoal, a última pesquisa que li sobre robôs, dizia que no Brasil apenas 12% do volume da bolsa é feito por robôs, enquanto nos Estados Unidos, passa dos 60%, por tanto, vamos aproveitar e sair na frente de quem ainda não conhece, antes que essas máquinas maravilhosas tomem toda a liquidez dos spreads que estamos acostumados a operar e assim tenhamos um resultado financeiro muito bom enquanto há tempo.

Espero ter passado um pouco da filosofia de arbitragem para vocês, e caso queiram tirar algumas dúvidas, podem entrar em contato através do e-mail gustavo.jorge@rcxinvestimentos.com.br ou 19-2515 1811

Grande abraço a todos e obrigado pela atenção.